TEB MVT – Módulo de Síntese de Vetorcardiograma

COMPARTILHE

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on linkedin

O que é o MVT?

O TEB MVT é um programa que apresenta e imprime o Vetorcardiograma correspondente a um traçado de ECG convencional de 12 derivações. O produto é um módulo de software que funciona em conjunto ao programa de operação dos eletrocardiógrafos TEB: ECGPC adquirido a partir de junho de 2015 e C30+ a partir de 2016.

Figura 1 - Imagem do produto Módulo de Síntese de Vetorcardiograma

Vetorcardiograma é quase tão antigo quanto o Eletrocardiograma. Como ferramenta diagnóstica, despertou muito  entusiasmo nos anos 50 e 60. Chegou até a alimentar polêmicas sobre qual era a melhor ferramenta, Eletrocardiografia ou Vetorcardiograma.

Este método, porém, era de difícil aplicação, exigindo equipamentos caros, com a forma de registro limitada e posicionamento especial dos eletrodos (derivações de Frank). Apenas uma pequena elite podia conviver com essas desvantagens.

Esses fatores levaram o Vetorcardiograma ao abandono e o seu uso prático desapareceu nos anos 70, mesmo tendo   sua validade clínica sempre reconhecida.

A partir dos anos 80 e 90 a situação começou a mudar. O advento das tecnologias digitais e sua utilização na Eletrocardiologia facilitaram tanto a obtenção como a visualização e registro do Vetorcardiograma

Em nosso último post contamos sobre a Morte e Ressurreição do Vetorcardiograma, clique aqui e veja mais.

Como funciona o Módulo de Vetorcardiograma MVT?

O MVT parte de um registro de ECG convencional captado pelo eletrocardiógrafo TEB ECGPC ou C30+. Através de transformações matemáticas, calcula as derivações de Frank correspondentes (ao posicionamento tradicional de eletrodos, derivações de Einthoven) e sintetiza o Vetorcardiograma. O   programa desenha as alças de P, QRS e T nos três planos convencionais (frontal, horizontal e sagital) ou num visualizador “3D”.

A partir do traçado do Vetorcardiograma sintetizado, o programa calcula:

  • Os valores máximos do módulo do vetor nas alças de P, QRS e T (“amplitudes cúbicas”).
  • Os valores máximos do módulo da projeção do vetor em cada plano das alças de P, QRS e T.
  • Os ângulos dos eixos de P, QRS e T nos três planos convencionais.
  • O sentido de rotação da projeção do vetor de cada alça, nos três planos.

Derivações de Frank, Alças nos planos convencionais e Medidas Numéricas:

Figura 2 - Imagem dos planos convencionais e medidas numéricas
Figura 3 - Imagem da Imagem da visualização em 3D no módulo TEB MVT

Relatório impresso:

Figura 4 - Imagem do relatório impresso do exame utilizando o MVT

Como é realizado a operação?

A partir de um registro de ECG convertido em um traçado Vetorcardiográfico, o programa permite:

  • Ajustar os limites para os laços de P, QRS e T.
  • Escolher os ganhos de cada laço.
  • Observar detalhes das alças na tela de visualização 3D.
  • Editar um texto de Comentários.
  • Imprimir a Análise, com os traçados, as medidas e os comentários.

Para que serve o MVT?

O Vetorcardiograma é útil para mostrar a atividade cardíaca de uma maneira espacial, complementando a visão   “temporal”, oferecida pelo ECG convencional.

Clinicamente, pode ser utilizado para auxiliar o diagnóstico diferencial em diversos casos, dos quais podemos  salientar: síndrome de Brugada, hipertrofia ventricular ou na determinação das áreas lesionadas por infarto.

Existem estudos mostrando sua utilidade ligada a ressincronizadores cardíacos. O Vetorcardiograma pode ser utilizado em sua indicação, no posicionamento dos eletrodos e também em sua programação.

O vetorcardiograma ainda é utilizado em alguns casos, especialmente para avaliação da função ventricular esquerda e direita. O vetorcardiograma é uma técnica mais sensível que o eletrocardiograma convencional para detectar alterações na condução elétrica do coração em algumas condições, como na presença de bloqueios de ramo ou hipertrofia ventricular.

Além disso, novas tecnologias de registro e processamento de dados têm permitido a utilização de técnicas de análise de vetorcardiograma para auxiliar no diagnóstico de algumas doenças cardíacas, como a cardiomiopatia hipertrófica e a síndrome do QT longo.

Gostou do conteúdo? Então compartilhe com seus amigos!

Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Não perca nenhuma novidade!

Assine nossa newsletter para ficar por dentro de nossas novidades e receber os melhores conteúdos para cardiologia!

Posts Relacionados